Por Que o APS é Mais Crítico Hoje do Que Uma Década Atrás?
As soluções APS passaram a ser mais requisitadas pelas indústrias nos últimos anos em comparação com o início dos anos 2000. Não se trata apenas do crescimento comercial natural que um produto possui à medida que se consolida no mercado. Podemos dizer até que este tipo de crescimento é dificultado pela redução da expressividade da indústria brasileira nas últimas décadas e a consequente diminuição deste mercado consumidor. É mais do que isso.Talvez o fator com maior peso nessa conta, é o aumento da volatilidade da cadeia de suprimentos causada tanto por eventos extraordinários, como a pandemia, quanto pelo perfil mais globalizado do mercado, com maior interdependência entre os atores econômicos, o que faz com que uma pequena oscilação em um lado, gere uma grande onda em outros níveis da Cadeia de Suprimentos. Apesar de movimentações de colaboração como a CPFR ou tecnologias que transmitam visibilidade na cadeia, o efeito chicote (bullwhip effect) é uma dura realidade. Ou seja, não é um caso isolado em função da pandemia. Estamos falando de uma lei básica da física aplicada ao mercado. Um sistema que no longo prazo aumenta e aquece, traz consigo essa característica entrópica de maior desordem e aleatoriedade. E esse aumento de entropia dá dor de cabeça para quem precisa planejar sua produção e estoques. Ô se dá!.Como se não bastasse, ainda vemos um aumento substancial do volume de SKUs que as indústrias possuem ativos, estratégias de customização em massa, assim como a redução dos ciclos de vida dos produtos (vide o fast fashion na indústria da moda e os lançamentos cada vez mais frequentes em tecnologia, só para trazer exemplos fáceis).Isso faz com que uma característica da indústria se mostre cada vez mais como diferencial competitivo: a agilidade. E aqui temos um termo difícil de mensurar financeiramente. Um empresário não consegue comparar, de igual para igual, a atratividade de um investimento em maquinário com um investimento em agilidade. Porém, ao mesmo tempo, sabemos que ela gera um melhor nível de serviço, uma redução de lead time que melhora o ciclo cash-to-cash da empresa (a diferença entre a saída do caixa para compra de matérias-primas e a entrada da receita dos clientes) pois entraremos mais rapidamente para nossos clientes e provavelmente receberemos antes. Ser mais pontual e entregar mais rápido do que a concorrência, pode não estar no DRE da empresa, mas é uma vantagem competitiva na maioria das indústrias.As soluções APS (Advanced Planning & Scheduling) foram feitas para não somente criar planos eficientes (com redução de setups e tempos de espera), mas também para atualizar os mesmos e realizar reprogramações com bastante rapidez frente a mudanças, enxergando os impactos ao longo dos processos produtivos, em um horizonte futuro que pode ser de meses.Essas mudanças podem ser de fornecimento, produção ou demanda. Em termos de fornecimento, nossos fornecedores podem não cumprir seus prazos de entrega ou entregar volumes insuficientes de material. A produção também pode passar por problemas de variação de ritmo, falta de mão-de-obra, manutenções, entre diversos outros fatores.Por fim, a demanda também pode variar muito. É muito normal uma área de PPCP receber uma demanda urgente da área comercial e fazer mudanças no plano de produção no curto prazo, porém sem identificar os reais impactos no médio prazo dessas modificações em outros produtos e processos. Logo, ao final do mês, as metas não são atingidas e não se sabe o motivo pois o PPCP não conseguiu estabelecer a relação de causalidade entre os eventos quando ainda era tempo, e agora é tarde demais.Uma solução APS robusta permitirá que você veja esta causalidade e decida rapidamente o que fazer, simulando cenários e comparando-os.Se por um lado um bom planejamento de demanda pode reduzir surpresas e trazer mais estabilidade, por outro temos uma verdade nua e crua: eventos e produtos imprevisíveis (itens com baixa forecastability) vão existir e, em muitos casos, vão aumentar. Como disse Mike Tyson: “Todo mundo tem um plano, até tomar o primeiro soco na cara.” O bom lutador é aquele que reage rapidamente com um novo plano, antes de levar um nocaute.
E como a NEO pode ajudar a sua indústria?
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